Prioridade do Ministério da Agricultura, o zoneamento da cana-de-açúcar, prometido para setembro, é fundamental para dar início à expansão da atividade no Rio Grande do Sul. O atraso devido à falta de consenso sobre o plantio próximo ao Pantanal trava políticas de estímulo.
Com a autorização para plantio em 216 municípios na safra 2008/2009, os gaúchos garantiram acesso a seguro e crédito público, mas faltam linhas específicas e programas para escoamento da produção, a exemplo do biodiesel. No Estado, 182 municípios apresentam rendimento superior a 60 toneladas por hectare e poderão destinar a safra para a produção de açúcar e etanol. O coordenador da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia, Luis Alberto Bairros, explica que as decisões devem ser tomadas até março de 2010 para que aumente a produção de etanol. 'Estamos estruturando um setor. A agricultura familiar precisa de condições diferenciadas.'
Em âmbito estadual, o grupo de trabalho criado para propor incentivos ao desenvolvimento da atividade não apresentou resultados. Segundo o secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Márcio Biolchi, os debates estão evoluindo.
Produção de etanol
O Estado cultiva 35 mil hectares de cana-de-açúcar, mas apenas 3 mil hectares são dedicados à produção de etanol, o que resulta entre 6 e 8 milhões de litros por ano. Este volume é inferior a 1% da demanda anual do Rio Grande do Sul. Em 2008, o Estado consumiu 800 milhões de litros de etanol.
(Emater / Correio do Povo, 24/08/2009)