A Prefeitura de Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul, inicia nos próximos dias a primeira fase do registro de identificação de animais através da implantação de microchips. Os dispositivos serão implantados primeiramente nos equinos do município e, posteriormente, na população canina e felina. A iniciativa integra um programa de controle populacional e guarda responsável, desenvolvido pela Vigilância Sanitária local.
O equipamento possui um software que registra um número para cada animal. A informação é do secretário de Saúde de Xangri-Lá, Paulo Roberto Maciel. Ele ressalta que os tutores dos animais não terão nenhuma despesa. A iniciativa é considerada pioneira, pelo menos na região. O veterinário Marcelo Lopez, diretor da Vigilância Sanitária, explica que o microchip tem o tamanho de um grão de arroz, e é feito em biovidro; que será implantado nos animais por meio de aplicadores subcutâneos.
A durabilidade, em média, do aparelho é de mais de 100 anos. No registro vão constar dados dos tutores e dos animais e que, na Secretaria da Saúde, servirão para desenvolvimento de programas de prevenção de riscos à saúde do ser humano, a exemplo de zoonoses e até de acidentes.Segundo o Secretário, “os dados serão fundamentais para o planejamento de políticas de saúde pública, além de possibilitar o conhecimento atualizado das populações equinas, caninas e felinas”.
Para o veterinário, “o programa vai servir para que os tutores sejam mais responsáveis com seus animais”. Ele espera também reduzir o percentual de animais perdidos, abandonados ou que sofram maus tratos.
De acordo com o secretário, o animal “chipado”, que for encontrado na rua, terá seu tutor notificado e orientado sobre a sua responsabilidade. “Em caso de reincidência, poderá ser multado. Abandonar animais na rua é crime, previsto na Lei Municipal N° 377 de 2000, e poderá resultar em multa e processo por crime ambiental”, explica. O veterinário afirma ainda que a implantação do microchip não prejudica o bem estar dos animais.
(Jornal Integração / ANDA, 22/08/2009)