Segundo o Unicef, falta de acesso à água potável e saneamento também tem um forte impacto na educação das crianças, particularmente nos países pobres; Semana Mundial da Água foi aberta com um importante fórum em Estocolmo.
Cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo não tem acesso a água potável devido ao crescente aumento da procura e baixa disponibilidade. A afirmação foi feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, em uma nota para marcar o início, no domingo, da Semana Mundial da Água.
Busca de soluções
Centenas de representantes de governos, sociedade civil e especialistas estão reunidos em Estocolmo, capital da Suécia, para partilhar soluções inovadoras em questões ligadas à falta de água e debater o seu impacto sobre a pobreza, a saúde, a educação, a igualdade de genêro e meio ambiente.
O evento de uma semana é patrocinado pelo Unicef sob o tema "Responder aos desafios globais: o acesso à água para o bem comum". O Unicef diz ser encorajador o fato de 87% da população mundial ter acesso a água potável. O órgão indica, contudo, que cerca de 4,5 mil crianças morrem todos os dias antes de completarem cinco anos devido à falta de água, saneamento e higiene.
Fontes de Água
O Coordenador geral da Agência Nacional de Águas do Brasil, Antônio Felix Domingues, detalhou à Rádio ONU, de Estocolmo, as iniciativas do governo brasileiro para facilitar o acesso à agua. "No nordeste brasileiro, muitas vezes, mesmo na beira do rio, as pessoas têm dificuldades de acesso à água por falta de condições econômicas e sociais.
Mesmo assim, através do Pro-Água semi-árido, que foi um projeto financiado pelo Banco Mundial, nós construímos muitas adutoras, o que fez a água andar pelo nordeste brasileiro. Existe um programa das populações de construção de cisternas para as pessoas que vivem na área rural, onde você não tem condições de cavar um poço. Então através destas cisternas, você capta a água da chuva", explicou.
Segundo o Unicef, a atual crise econômica, juntamente com o aumento de emergências, deixou milhões, particularmente mulheres e crianças, sem serviços básicos de acesso à água e saneamento. A agência indica ainda que as mudanças climáticas estão a aumentar esta situação.
(Por Carlos Araújo, Rádio ONU / Envolverde, 18/08/2009)