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mst assentamentos reforma agrária
2009-08-14

Diversos sem terra ficaram feridos e pelo menos 20 lideranças foram presas na quarta-feira (12/08) à tarde, durante a ação de reintegração de posse da Prefeitura de São Gabriel (RS). Cerca de 300 trabalhadores ocuparam durante a manhã o prédio reivindicando uma reunião com o prefeito, Rossano Gonçalves, a fim de tratar das melhorias no assentamento da cidade. Passados nove meses da criação do assentamento, as famílias estão sem água potável e as crianças não vão à escola por falta de transporte.

Com a ocupação, o prefeito não quis receber os manifestantes. De acordo com o diretor de Comunicação Social da prefeitura, Ricardo Barbosa, Rossano e demais integrantes da prefeitura vão à Brasília desde fevereiro em busca de recursos para a construção de uma escola-pólo, uma unidade básica de saúde e unidades móveis de saúde para os assentados, mas até o momento não receberam nenhuma verba. Barbosa diz que o município não tem condições de arcar com os custos.

"Eles queriam uma reunião com o prefeito para saber de valores que teriam sido enviados pelo governo federal para serem gastos nos assentamentos do Incra. Só que não veio nenhum real do governo para essa natureza. Mas para conseguirem a audiência eles invadiram a prefeitura, acho que não é um dos métodos mais civilizados. O prefeito, de forma alguma iria recebê-los sob pressão", diz.

O prefeito ainda pediu reintegração de posse do prédio, que foi efetuada durante à tarde. As famílias se negaram a sair do local enquanto não falassem com Rossano. Cerca de 150 policiais da Brigada Militar e da tropa de choque entraram na prefeitura para retirar os manifestantes à força.

A integrante da coordenação do Movimento Sem Terra (MST), Nina Tonin, relata que a ação foi violenta e ainda contou com a participação de integrantes da Polícia Civil. Ela diz que os sem terra foram encurralados dentro da prefeitura pelas duas polícias e muitas pessoas, incluindo crianças, ficaram feridas com os golpes de cassetete.

Até às 19:30h, quatro pessoas foram atendidas na Santa Casa do município. Os ferimentos mais graves foram de um homem, que teve um corte na cabeça, e de um adolescente com luxação no braço. No entanto, Nina afirmou que o número de feridos era bem maior, já que muitos não conseguiram ir ao hospital.

"No nosso entender, poder público municipal, comando da Brigada Militar, representantes do Ministério Público e delegado da Polícia Civil agiram conjuntamente durante todo o dia para impedir que a comissão [de sem terra] se aproximasse para falar com o prefeito. Ele se negou a ouvir as reivindicações, que já são de nove meses, com as crianças perdendo o ano letivo. Três crianças já morreram por negligência médica. As famílias se cansaram de esperar”, reclama.

Todos os agricultores foram levados à delegacia de ônibus para serem identificados. Depois, a Brigada Militar escoltou as famílias até o assentamento. Crianças menores de idade foram levadas ao Conselho Tutelar, para que os pais fossem responsabilizados. Cerca de 20 manifestantes, considerados lideranças, foram algemados e também levados à delegacia, onde prestaram depoimento. Acabaram sendo liberados no início da noite.

Já os cem trabalhadores que ocuparam o escritório do Incra se reuniram com responsável pelo órgão no município. Parte das reivindicações, como a demarcação dos lotes, será encaminhada na próxima semana.

(Por Joel Felipe Guindani, Agência Chasque de Notícias / IHUnisinos, 14/08/2009)


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