Canoas precisa remanejar 500 famílias para o avanço da Rodovia do Parque. Em Esteio, área está livre
Desapropriações e reassentamentos são necessários para que as obras da BR 448, denominada Rodovia do Parque, possam ser iniciadas. Em Canoas, o prefeito Jairo Jorge finalizou o cadastramento das 500 famílias que vivem em área irregular, denominada de Vila Dique, que avança pelos bairros Rio Branco, Fátima e Mato Grande. As famílias serão remanejadas para loteamentos em diferentes terrenos nos bairros onde vivem. A expectativa da prefeitura é que serão necessários R$ 26 milhões para a construção das moradias.
Jairo Jorge disse que já assinou convênio com o Dnit/RS. 'Estamos elaborando o projeto técnico das edificações. Tão logo os recursos sejam liberados, iniciamos as construções', disse. Ele destacou que a previsão é concluir a remoção das famílias em oito meses. 'Se depender de Canoas, as obras da Rodovia do Parque não atrasarão', acrescentou.
As famílias que vivem na Vila Dique estão satisfeitas com a decisão, principalmente porque ficarão livres das cheias.
'Sempre que chove forte o valão transborda', contou a dona de casa Sara Bargas Nascimento, 54 anos, que vive na área há 12. A soldadora Marlene Biermann, 36, que mora na Dique há 14 anos, está feliz. 'Passarei a ter comprovante de endereço', comemorou.
O prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, destacou que sua situação é mais confortável porque não existem ocupações irregulares na região pela qual a rodovia cruzará seu município. 'Haverá necessidade de desapropriação de uma área próxima ao Parque de Exposições Assis Brasil, de propriedade de uma construtora, que tem interesse na construção da BR 448 para o lançamento de um empreendimento imobiliário', revelou Rinaldi.
Ontem, o prefeito de Esteio estava em Brasília, onde cumpriu uma agenda de reuniões com o governo federal. 'Vim em busca de previsões de datas para o início da obra', explicou. Ele acredita que as negociações envolvendo as desapropriações e os reassentamentos não demandarão ações judiciais, como ocorreu com a duplicação da BR 101 e que retardou a empreitada.
(Zero Hora, 13/08/2009)