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hidrelétricas no peru integração sul-americana Indígenas da Amazônia
2009-08-12

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta (07/08) que o Brasil deverá ficar com cerca de 80% da energia provenientes das cinco primeiras usinas que serão construídas no Peru e que poderá exportar parte da produção para países vizinhos da América do Sul. Lobão está participando, no Rio, de reunião com representantes do governo peruano para discutir a integração energética entre os dois países. Ao todo, serão construídas 15 usinas no país.

Segundo o ministro, as cinco primeiras usinas terão capacidade de gerar 6 mil megawatts, a um custo inicial estimado de US$ 12 mil e US$ 15 mil e deverão entrar em operação em 2015. Ele informou que o governo brasileiro será responsável pelos estudos que viabilizarão a construção das 15 hidrelétricas, com capacidade total de geração de 20 mil megawatts. Um consórcio formado pela Eletrobrás, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e Engevix já está investindo nesses estudos.

"O Peru, a princípio, deverá ficar com 20% da energia produzida e o Brasil com os 80% restantes, que poderão ser reexportados para outros países da América do Sul”, acrescentou o ministro. Os recursos para viabilizar as obras viriam da Eletrobrás, das empresas envolvidas na construção da obra, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e “de outras fontes interessadas no processo”.

Edison Lobão destacou que, embora o Brasil tenha, atualmente, energia sobrando, não pode ficar parado e tem planos de construir na Argentina “uma ou mais usinas e também com outros países”. O contrato bilateral ainda está sendo elaborado pelos dois países e terá que ser aprovado pelo Congresso Nacional. A ideia é que a obra esteja pronta em um prazo de cinco anos após a conclusão dos estudos e a liberação das licenças ambientais.

O ministro afirmou que não existem problemas nas relações do Brasil com o Paraguai e disse que, em relação a Itaipu, houve uma “concessão” do governo brasileiro. “Não temos maiores problemas com o Paraguai, que é um país amigo. O que houve foi um entendimento entre os dois governos, e o governo brasileiro decidiu fazer algumas concessões ao Paraguai, que dependerão ainda de aprovação do Congresso Nacional. Não há crise ou problemas com o Paraguai.”

Sobre a preocupação brasileira com o aumento da capacidade de geração de energia, apesar de não estar precisando no momento, Lobão disse que é preciso pensar mais à frente. “Não se esqueça que a energia é utilizada no país há cerca de 150 anos. O país tem estoque de energia de 105 mil megawatts, mas, dentro de dez anos, teremos que ter mais 50 mil megawatts [cerca de 50% da energia hoje existente]. Em 30 anos teremos que dobrar a capacidade atual, então nada custa nos valermos também das potencialidades dos países vizinhos,com vantagens para todos."

Para ele, as dificuldades ambientais nos outros países são as mesmas existentes no Brasil. “Aqui mesmo, a Usina de Estreito, no Rio Tocantins, já foi paralisada quatro ou cinco vezes. São questões ambientais, de relacionamento com os índios da região.” O importante, acrescentou, é que não falte energia para garantir o crescimento do país e o fornecimento de energia à população. “Ou construímos hidrelétricas, que é a origem de nossa matriz, ou construímos térmicas. O fato é que não pode faltar energia nas residências e nas indústrias, que viabilizam empregos para a população.”

Lobão negou que facilidades ambientais em outros países tenham determinado a decisão de construir usinas fora do Brasil. “A decisão de construir usinas no Peru é puramente por uma questão de integração entre as nações sul-americanas. Não estamos precisando de energia neste momento. Temos energia para suprir todas as nossas necessidades. O que estamos é atendendo a interesses geopolíticos que são brasileiros e peruanos, assim como são do Uruguai, Paraguai, Argentina e assim por diante.”

(Por Nielmar de Oliveira, com edição de Nádia Franco, Agência Brasil, 07/08/2009)


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