Crise internacional, fator previdenciário e marco regulatório do pré-sal foram debatidos no 3º Congresso Estadual da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), encerrado sábado em Porto Alegre, na Câmara Municipal, com a participação de aproximadamente 200 delegados de 30 sindicatos. A conjuntura político-econômica nacional foi o tema.
A palestra 'O Pré-Sal é Nosso – Pelo Retorno da Lei 2004' teve explanação do presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira. Os delegados também assistiram à palestra 'Fim do Fator Previdenciário', com a economista do Ipea Denise Gentil. Segundo estudos trazidos pela palestrante, é 'falaciosa' a afirmação de que a previdência é deficitária.
Conforme o presidente nacional da CGTB, Antônio Neto, a luta pelo fim do fator previdenciário é consenso entre as centrais sindicais. Além disso, o presidente da CGTB estabelece posição favorável ao monopólio estatal da exploração do pré-sal. 'Defendemos que a Petrobras se torne uma empresa mais bem capacitada na extração. Acreditamos que é uma boa opção a exportação não só de óleo cru, mas de refinado, agregando valor aos produtos. Os lucros deveriam ser revertidos para um fundo social para o desenvolvimento.'
O encontro também incluiu a eleição da direção da CGTB no RS. César Pacheco Chagas, presidente do Sindicato dos Técnicos Científicos do RS, comandará a regional. 'Queremos trazer os sindicatos dos servidores públicos para reforçar a luta pela defesa do salário e serviço público de qualidade', afirmou. A primeira ação da regional gaúcha do CGTB vai ser uma caminhada em defesa do pré-sal no dia 24 de agosto em Porto Alegre. Criada em 1986, a CGTB foi considerada legal em 2007 e tem filiação sindical mundial. Congrega sindicatos como os de servidores públicos, administradores, motoristas, caminhoneiros, músicos e radialistas.
(Correio do Povo, 10/08/2009)