A secretária do Ambiente, Marilene Ramos, determinou, nesta sexta-feira (07/08), que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) contrate imediatamente uma auditoria ambiental independente para as investigações sobre o vazamento que atingiu o rio Paraíba do Sul. A empresa também está sujeita a multa diária, cujo valor será estipulado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), nesta segunda-feira (10). Juntamente com o presidente do Inea, Luiz Firmino Martins Pereira, a secretária inspecionou, pela manhã, vários setores da siderúrgica, em Volta Redonda, incluindo a unidade de Carboquímicos.
Durante a vistoria, foram constatadas falhas, sobretudo na malha hídrica e de drenagem da CSN, além de problemas nas barreiras de contenção. Segundo Marilene e Firmino, a siderúrgica precisa rever os sistemas de controle.
– Essa inspeção reforça nossa tese de que a empresa ainda não tem controle sobre a situação – voltou a criticar a secretária.
O material oleoso vazado da Usina Presidente Vargas da CSN apresenta características semelhantes às do primeiro vazamento, iniciado no domingo (03/08) e aparentemente controlado na madrugada da última terça-feira. Ainda não foi possível precisar a quantidade de produto derramado no rio. Até o momento, como não há sinais de contaminação de mais gravidade, conforme indicam as análises de água realizadas pelos técnicos do Inea, a captação de água do rio para fins de abastecimento não foi interrompida. Também não há registro de mortandade de peixes.
Marilene e Firmino foram recebidos, ainda, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. Eles solicitaram à diretoria e ao presidente da entidade, Renato Soares, ajuda na fiscalização da CSN. Equipes do Inea permanecem de plantão dentro da empresa, acompanhando o trabalho de identificação das possíveis fontes.
(Ascom Inea / EcoDebate, 10/08/2009)