Com a queda da liminar que impedia o licenciamento ambiental de Belo Monte, o governo federal precisa correr contra o tempo para cumprir as etapas que antecedem o leilão, previsto inicialmente para setembro. Faltam pouco mais de um mês para expirar o prazo para convocação das audiências públicas. Entretanto, minimizar os passivos ambientais que estão sendo questionados pelo Ministério Público Federal não é o único desafio para o empreendimento que desde a década de 70 vem acumulando polêmicas. Desta vez, é o governo do Pará quem está pleiteando alterações no leilão para que este traga mais compensações para o Estado.
Prevista para entrar em operação em 2014, a usina terá capacidade instalada de 11.181 MW (megawatts). Quase o dobro das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira (RO), somadas.
'A governadora Ana Júlia desde quando era senadora defendia a necessidade de Belo Monte, mas dentro de uma formatação especial que permita que os impactos positivos da usina possam atingir a região de forma mais significativa. Por isso, propomos que já no leilão de concessão seja acordado que uma parcela da energia gerada por Belo Monte seja destinada para consumo regional e local a custos competitivos', afirmou o secretário de desenvolvimento, ciência e tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro.
Na última semana, o secretário esteve em Brasília reunido com o secretário adjunto da Casa Civil da Presidência da República, Giles Carriconde de Azevedo, para tratar do assunto. E nas próximas semanas um novo encontro, desta vez, com o ministro de Minas e Energia, vai dar andamento às negociações.
(O Liberal / Amazonia.org.br, 06/08/2009)