A China se manterá firme em sua posição de que os países desenvolvidos devem ser os primeiros a reduzir as emissões de gás carbônico (CO2), anunciou Yu Taiqing, representante especial do governo para a mudança climática, em declarações à agência oficial Xinhua. Segundo o governo chinês, esta proposta é justa, já que os países desenvolvidos têm uma clara responsabilidade histórica no aquecimento do planeta.
Além disso, Yu destacou que seu país espera que, até 2020, haja uma diminuição de 40% nas emissões de CO2 nos países desenvolvidos em relação aos números de 1990. Ele afirmou que a China vem fazendo o seu papel diante do desafio de reduzir as emissões de dióxido de carbono --e continuará se esforçando neste sentido. Segundo Yu, o país conseguiu reduzir em 10% o consumo de energia por unidade de PIB em relação a 2005 e tem como meta para este ano alcançar uma redução de mais 5%.
A China, por sua condição de país em desenvolvimento, não está obrigada pelo Protocolo de Kyoto a reduzir suas emissões, embora a comunidade internacional tenha feito um apelo ao país asiático e a outras nações emergentes para que assumam maior responsabilidade em futuros compromissos. A cúpula de dezembro em Copenhague tentará encontrar um sucessor ao Protocolo de Kyoto, que vence em 2012. Os países desenvolvidos temem que não haja acordo se a China não assumir um compromisso firme de limitar suas emissões de gases.
(Folha Online, 06/08/2009)