Trabalhadores e trabalhadoras ligados a centrais sindicais e à Via Campesina vão às ruas em mais uma jornada de lutas. O Movimento Sem Terra (MST) e demais Movimentos do campo realizam Acampamento Nacional pela Reforma Agrária no Centro Cultural de Brasília entre os dias 10 e 21/8. A atividade deve reunir mais de 3 mil pessoas. No estado do Rio Grande do Sul também estão previstas ações para a próxima semana.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e demais movimentos sociais da Via Campesina realizarão acampamento da Assembléia Popular da Bacia do Rio Uruguai. O evento inicia no próximo dia 12 no município Pinhal da Serra (RS), norte gaúcho. De acordo com Gilberto Cervinsky, da coordenação nacional do MAB, mais de mil pessoas participarão da atividade. O objetivo, segundo ele, é discutir sobre vários temas relacionados à crise financeira e sobre os prejuízos causados pelas hidrelétricas ao meio ambiente, pequenos agricultores e aos trabalhadores como um todo.
“Queremos fazer uma análise das conseqüências das hidrelétricas tanto para os atingidos quanto para toda a sociedade. Por outro lado, nesse momento de crise, vamos também avaliar e construir propostas populares não apenas para a nossa região, mas também para o Brasil”, diz
Cervinsky salienta que a crise financeira tem impulsionado a expansão do setor hidrelétrico. Isto se deve aos investimentos e facilidades que o governo gaúcho, como também o federal tem propiciado a essas empresas.
“Dos oito bilhões de reais que foram investidos na construção de hidrelétricas aqui na bacia do Uruguai, mais de cinco bilhões vieram do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Enquanto isso, não há um centavo se quer do BNDES para se investir em questões ambientais e sociais que de fato melhoram a vida do povo”, argumenta.
A atividade faz parte da Jornada Nacional de luta dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que acontecerá de 10 a 14 de agosto em todo Brasil.
(Por Joel Felipe Guindani, Agência Chasque de Notícias, 06/08/2009)