A Secretaria Municipal do Meio Ambiente inicia, nos próximos dias, uma pesquisa de campo que irá apontar os problemas da coleta seletiva do lixo em Venâncio Aires. Implantado há 10 anos no município, o sistema mantém o mesmo roteiro, datas e horários de coleta. Ainda assim, apenas 13% do total de resíduos recolhidos são provenientes de coleta seletiva e só 5% podem ser reciclados. A intenção da pesquisa, que será realizada pela equipe técnica da secretaria, é esclarecer quais os problemas do atual sistema, que não consegue atingir número significativo da população. O resultado será usado para aperfeiçoar a nova etapa do trabalho de divulgação, que começa com a impressão de 25 mil folders explicativos.
Aproximadamente 700 toneladas de lixo são produzidas mensalmente no município. Desse total, a coleta seletiva atinge 100% da cidade e 70% da população rural. “Os dias e locais de recolhimento já foram amplamente divulgados. Se formos somar as campanhas realizadas, foram impressos quase dois folders por habitante, mas a adesão não aumentou”, justifica o secretário do Meio Ambiente, Fernando Heissler. “Com a pesquisa, queremos descobrir em qual etapa estamos falhando. Será a administração, no seu trabalho de divulgação? Será a população, que não sabe ou não quer separar? Ou será a empresa contratada para o recolhimento, que não cumpre roteiros e horários estabelecidos? É a população que irá nos responder”, frisa o secretário.
A aplicação dos questionários será feita por amostragem nos bairros e distritos. Além do diagnostico da realidade do serviço, a Secretaria do Meio Ambiente buscará sugestões dos usuários para ampliar a separação dos resíduos secos. Estudos apontam que até 20% do lixo produzido pode ser destinado à reciclagem, caso haja conscientização e o correto trabalho de separação nas residências.
A usina localizada em Linha Estrela, interditada pela administração municipal por causa das más condições de higiene, passará por processo de limpeza e remodelação nos próximos dias. Nesta semana, as propostas do processo licitatório para a limpeza do local serão conhecidas. Após este trabalho, serão conhecidas as propostas para administrar a usina. Até o momento, cinco empresas demonstraram interesse em assumir o local, que possui 4,2 hectares.
(Por Daiana Nervo, Gazeta do Sul, 05/08/2009)