Após a deflagração da Operação Awina no início deste mês, na região de Espigão D’oeste, cidade localizada no entorno de terras indígenas dos povos Suruís, Zorós e Cintas Largas, em Rondônia, aparecem agora os primeiros resultados.
Detectou-se uma empresa de depósito e secadora de madeira sem licenciamento ambiental. Nessa empresa, foram apreendidos 1.100 metros cúbicos de madeira serrada, o equivalentes a 45 carretas do tipo bi-trem carregadas, que estavam armazenadas sem autorização do órgão competente em depósito irregular. Vale salientar que a provável origem da madeira sejam as terras indígenas.
Foram encontradas também 340 toras de madeiras de essências nobres como Ipê, Maracatiara, Cedromara, Oiticica, Garapa, entre outras, escondidas em uma propriedade rural na periferia da cidade de Ministro Andreazza. Essas madeiras estavam camufladas com galhos de árvores. O chefe da equipe fiscalizatória, o agente ambiental Erli Abreu, informou que as madeiras camufladas pertenciam a uma serraria da cidade. Acredita-se que a origem das toras seja outra terra indígena, a Sete de Setembro, devido à proximidade com Ministro Andreazza.
Constatou-se também que nessa mesma região existem inúmeras indústrias madeireiras fantasmas que “esquentam” produtos florestais de origem indígena.
(Ascom Ibama, 04/08/2009)