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porto sudeste grupo ebx/eike batista BNDES
2009-08-04

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Rio de Janeiro, emitiu nesta segunda (03/08) a licença de instalação para o Porto Sudeste, que será construído em Itaguaí, no sul do Estado. O porto, desenvolvido pela LLX Logística, será um terminal privativo de uso misto dedicado à movimentação de minério de ferro produzido em Minas Gerais. O presidente da LLX Logística, Otávio Lazcano, afirmou que a obtenção da licença de instalação foi um passo importante para que a empresa consiga aprovação, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de financiamento para construção do terminal.

"Essa é uma boa razão (a liberação da licença ambiental) para o BNDES agilizar o processo de análise e para também acelerarmos nossas ações", frisou Lazcano, em teleconferência com analistas. A previsão é de que as obras comecem ainda este ano e as operações sejam iniciadas em 2011. O Porto Sudeste terá área de 52 hectares, capacidade de movimentar até 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, dois berços de atracação e profundidade de 20 metros. O investimento previsto é de US$ 740 milhões.

Lazcano ressaltou que, apesar de a licença englobar a instalação de um terminal com capacidade de embarque de até 50 milhões de toneladas por ano, há a possibilidade da ampliação, elevando a capacidade para até 100 milhões de toneladas. De acordo com o executivo, existem poucos terminais capazes de escoar a produção de minério de ferro de Minas Gerais, o que pode aumentar o interesse de diversas mineradoras pelas operações do Porto Sudeste. "Tecnicamente, o Porto Sudeste comporta até 100 milhões. Vai depender da nossa capacidade de estabelecer relações comerciais com as empresas de minério de ferro", destacou Lazcano.

O ex-presidente da LLX Logística, Ricardo Antunes, afirmou que o outro empreendimento da companhia no Sudeste, o Porto do Açu, que está sendo construído em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio, poderá aproveitar as atividades da indústria petrolífera que são desenvolvidas no litoral do Estado. "Parece que é um mercado muito promissor", disse.

Lazcano foi escolhido na semana passada pelo conselho de administração para a presidência da LLX. O executivo comandou a diretoria financeira da CSN entre 2002 e 2009 e também já atuou na Aracruz. Ricardo Antunes deverá assumir um cargo no conselho do grupo EBX, holding controladora da LLX.

(Por Rafael Rosas, Valor Econômico, 04/08/2009)


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