No primeiro semestre do ano o Brasil conseguiu destinar mais 17,3% de embalagens plásticas vazias de agrotóxicos à reciclagem ou à incineração, na comparação com 2008. De janeiro a junho de 2009, 14.161 toneladas de embalagens de defensivos agrícolas tiveram a destinação correta no país. Os dados são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidade sem fins lucrativos que reúne 77 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola.
Para Mário Fuji, gerente de Logística da empresa, o aumento do número de embalagens recolhidas demonstra mudança de postura do agricultor e das empresas do setor. “Mais uma prova de que o agricultor tem se preocupado em não deixar a embalagem jogada, contaminando rios e o meio ambiente como um todo”, afirmou Fuji à Rádio Nacional.
Segundo o Inpev, desde o início do projeto, em 2002, já foram encaminhadas para o descarte ambientalmente correto mais de 150 mil toneladas de embalagens. Somente no último mês de junho, foram 3.030 toneladas destinadas à reciclagem ou incineração. Mário Fuji afirmou que o Brasil tem se destacado mundialmente entre os países com maiores índices de destinação correta das embalagens plásticas de agrotóxico.
“Nos Estados Unidos, por exemplo, de cada 100 embalagens plásticas colocadas no mercado de agrotóxicos 20% voltam. Na França, de cada 100, 74% são recicladas. No Brasil, em 100 embalagens 94% têm a destinação correta. Podemos olhar isso dentro de duas visões: os 94% são um bom número, mas ainda faltam 6% a serem recolhidos”. O gerente de Logística do Inpev destacou que o aumento do número de embalagens recolhidas é reflexo da parceria entre agricultores, produtores, revendedores e o poder público.
Ele lembrou que o trabalho do instituto é principalmente educativo, o que leva os agricultores, as indústrias e os locais de distribuição e revenda desses produtos cumpram seu papel, entendendo que há benefício real ao meio ambiente. “Quando os elos se unem no processo, destinando locais para entrega das embalagens vazias, por exemplo, temos certeza que o benefício para o meio ambiente sempre vai acontecer”.
(Por Ivan Richard, com edição de Tereza Barbosa, Agência Brasil, 02/08/2009)