O corretor de imóveis Carlos Stechman, 49 anos, mora e muitas vezes trabalha no bairro Marechal Rondon, em Canoas. Sua rotina, hoje, é dificultada pelas obras de saneamento, realizadas pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
– A coisa está muito desordenada, são muitas ruas ao mesmo tempo – reclama.
Apenas 13% das casas e dos estabelecimentos comerciais do município da Região Metropolitana, em áreas dos bairros Chácara Barreto, Guajuviras, Fátima e Niterói, têm rede de esgoto cloacal. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e da contrapartida da Corsan, mais 40% devem ser conectados à Estação de Tratamento de Esgotos, localizada no bairro Mato Grande.
O investimento é de cerca de R$ 50 milhões, e a conclusão está prevista para o segundo semestre de 2010. Os trabalhos, agora, estão concentrados no bairro de Stechman.
De acordo com o engenheiro André Borges, o normal é que as intervenções em cada trecho durem cerca de 10 dias. Explica, também, que esse tipo de obra depende muito das condições climáticas. Borges salienta que, para não fechar totalmente cada rua, a rede e os ramais não são feitos ao mesmo tempo.
Ele aponta ainda que o fechamento de parte da Doutor Barcelos prolongou-se por causa de uma rede de gás. A informação que havia sido repassada à Corsan, conta o engenheiro, era de que a tubulação estaria a 1m50cm de profundidade. O projeto, então, previu a rede de esgoto a 2m70cm. Só que o dado estava errado, e foi preciso um novo planejamento. A obra já está na fase final e deve ser concluída em breve.
O próximo bairro a reunir obras de grande porte ao mesmo tempo, em Canoas, será o Igara.
(Por Melissa Barbosa, Zero Hora, 03/08/2009)