Começa a regulamentação dos poços artesianos no Rio Grande do Sul. Após a aprovação da resolução do Conselho de Recursos Hídricos, as empresas, indústrias e os agricultores das regiões em que existe o abastecimento de empresas públicas poderão construí-los. O principal benefício é a economia nos gastos com a água tratada. A legislação anterior proibia esse tipo de ação, obrigando as empresas a usarem água tratada para determinados serviços, como a limpeza de carros e ônibus.
Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente (Sema), Berfran Rosado, a regularização dos poços representa um avanço no monitoramento do consumo da água. Ele explicou ainda que o projeto contribui para os setores da economia reduzirem os gastos com a água tratada. Para lavar um carro, um posto de gasolina usa água tratada, fornecida pela empresa de abastecimento e que tem valor mais alto. Com a regulamentação, o posto poderá pedir à Sema a licença e construir um poço. Assim, usará água bruta e com custos bem mais baixos. No setor da agricultura, o uso da água subterrânea pode ser direcionado às atividades de plantio e cultivo de arroz, feijão, soja, entre outros. Segundo Rosado, a regulamentação dos poços permitirá ainda um controle maior dos recursos hídricos. 'Saberemos o que realmente é consumido em cada segmento', disse. A Sema, a Fepam, o Comando Ambiental e os órgãos municipais farão maior fiscalização contra poços clandestinos, que são prejudiciais ao meio ambiente.
(Correio do Povo, 03/08/2009)