O coordenador da Ong Amigos Terra, Mario Menezes, discorda da afirmação do produtor rural Diogo Naves, segundo a qual a visão ambiental que defende a preservação de 80% da floresta amazônica seria “burra”. Segundo Naves, que é vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa), esse procedimento de preservação criaria reservas isoladas. Ele propôs reservas coletivas dos produtores. De acordo com um “zoneamento econômico-ecológico”, se poderia avaliar quanto deveria ser preservado de cada área.
Menezes acredita que Naves desconhece os mecanismos previstos em lei que tornam as reservas legais contínuas, ao invés de isolá-las. Outra possibilidade é do corredor ecológico no qual áreas de diferentes destinações também podem se unir de forma contínua como por exemplo um Parque Nacional e um território indígena.
Para Menezes, a crítica feita pelos produtores rurais teria outro objetivo. “Você não pode desmatar mas pode fazer exploração econômica da floresta mantendo a reserva legal em pé mas não fazendo corte raso, mas foi isso que os produtores rurais fizeram e agora querem regularizar essa situação”, explica Menezes.
(Pulsar-Brasil, 31/07/2009)