No momento em que o grupo Suzano Papel e Celulose anuncia investimentos da ordem de 3 bilhões de reais para a construção de uma fábrica na região tocantina, entidades da sociedade civil organizada se reúnem para uma tomada de posição sobre os problemas enfrentados pela população de 9 municípios da região do Baixo Parnaíba com os mais de 100 mil hectares de eucaliptos plantados e que agora começou a ser transformado em carvão.
A promessa de construção de uma fábrica na área, não foi honrada e, há pelo menos dois anos, arrendou a sua fazenda Paineiras ao grupo Gerdau/Margusa para exploração de todo o eucalipto em forma de carvão para atender as demandas de siderúrgicas de ferro-gusa do grupo. O Susano Papel Celulose é responsável pelos sérios problemas de escassez de recursos hídricos nos municípios atingidos pelos plantios, de ter incorporado ao seu patrimônio terras devolutas, impedido o avanço da agricultura familiar e responsabilidade pelo êxodo de milhares de famílias.
O que entidades como o Fórum do Baixo Parnaíba, Fórum Carajás, Igreja Católica, Comissão Pastoral da Terra querem cobrar do grupo Suzano Papel Celulose a responsabilidade na questão dos incalculáveis prejuízos causados à população do Baixo Parnaíba. Quer também uma fiscalização ambiental para evitar que o grupo Gerdau/Margusa transforme a região em um verdadeiro inferno com a produção de carvão, além do retorno das terras devolutas ao patrimônio do Estado para a reforma agrária.
(Por Aldir Dantas, TV Cidade / Fórum Carajás, 27/07/2009)