O governador Sérgio Cabral e a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, assinou na terça (28/07) contrato para Elaboração dos Projetos de Novos Aterros Sanitários e Sistemas de Tratamento de Esgoto. Os objetivos são ampliar de 25% para 80% a coleta e tratamento de esgoto e eliminar os lixões do estado em 10 anos.
Para alcançar o segundo, o governador Sergio Cabral promete construir aterros sanitários na Região do Médio Paraíba, Região Norte Fluminense, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí; e Região dos Lagos. A solução tem a aprovação de especialistas, que, porém, ressaltam a importância da adoção de outras modalidades complementares ao sistema.
– A destinação mais barata que se pode dar ao lixo é o aterro sanitário. Mas o fato de construí-lo não significa que não se deva investir na reciclagem dos materiais – pondera o professor Fernando Altino, do Instituto de Química da UERJ. – Ainda assim, o aterro vem corrigir uma situação inaceitável no Rio e no Brasil inteiro, que é a presença dos lixões: uma área em que se faz o lançamento do lixo sem nenhum tipo de cuidado.
Para o professor da Coppe-UFRJ, especialista na área de resíduos, Cláudio Fernandes, o aterro sanitário é uma boa solução. Desde que as normas que o regem sejam seguidas em todas as etapas. Para o professor, um dos problemas é abandoná-lo depois de encerrado seu ciclo de uso.
– O aterro sanitário pode prosseguir em seu trabalho de degradação do meio ambiente por décadas depois de fechado.
(Jornal do Brasil, 27/07/2009)