A discussão sobre políticas de adaptação às mudanças climáticas ainda engatinha no Brasil. Entre os poucos avanços obtidos, destaca-se a aprovação, em junho deste ano, do projeto de lei que instituiu em São Paulo a Política Municipal de Mudança do Clima, com definições sobre o que deve ser feito para tornar o processo de adaptação menos custoso e mais eficiente para a sociedade local.
Há pouco mais de um mês, especialistas do Inpe e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) também formaram o "Painel Internacional de Especialistas em Megacidades, Vulnerabilidade e Mudança Climática Global", que pretende mapear as principais vulnerabilidades de São Paulo e do Rio de Janeiro quanto ao aquecimento global e, a partir delas, traçar as ações necessárias de adaptação. O Plano Nacional de Mudanças Climáticas, do governo federal, também prevê ações de adaptação, mas nenhuma delas chegou a avançar de fato.
Nos países desenvolvidos, a discussão se encontra mais avançada. Em Londres, por exemplo, o governo definiu há um ano uma série de ações de adaptação ligadas ao transporte público, ao sistema de saúde e à economia local, todas reunidas em um amplo relatório intitulado "Estratégia de Adaptação de Londres para as Mudanças Climáticas", que pode ser encontrado na internet, no site http://www.london.gov.uk/mayor/environment/climate-change/ccap/index.jsp.
A Prefeitura de Nova York tem um site com informações e debates sobre o planejamento da cidade para o ano de 2030 dentro de um cenário de aquecimento global (www.nyc.gov/planyc2030).
(Por André Palhano, Folha de S. Paulo, 28/07/2009)