Cinco novos óbitos pela doença no Estado foram anunciados neste domingo (26/07), totalizando 16O Rio Grande do Sul passou a ser, ao lado de São Paulo, o Estado com o maior número de mortes em decorrência da gripe A no país. Cinco novos casos foram confirmados ontem à tarde pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), totalizando 16 óbitos (38 no país). Com as duas mortes anunciadas ontem, já são três as gestantes vítimas da gripe A.
Além da comerciante de Uruguaiana de 36 anos, grávida de oito meses, que morreu no dia 16, foram anunciadas as mortes de uma técnica de enfermagem, 25 anos, e de uma auxiliar de frigorífico, 31 anos, moradoras de Passo Fundo. Com o terceiro caso confirmado, as gestantes passam a ter cuidado redobrado dos agentes de saúde. Além de ter prioridade no atendimento nos postos e hospitais, elas estão no topo da lista para receber o Tamiflu, medicamento indicado para o tratamento do vírus H1N1 e que só está sendo distribuído pela rede de saúde.
– Ao sentirem qualquer sintoma, as mulheres grávidas devem procurar uma unidade de saúde e se tratarem corretamente. A prevenção precisa ser redobrada – afirma o diretor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Francisco Paz.
Além das moradoras de Passo Fundo, a doença levou à morte mais um homem de Caxias do Sul, uma idosa de Uruguaiana e um rapaz de 20 anos de São Sebastião do Caí, que morreu na noite de sábado.
O jovem, Eder Curvello Roth, 20 anos, perdeu a vida depois de ficar 13 dias internado na UTI do Hospital Montenegro. Segundo a madrasta do rapaz, Ana Paula da Silva, ele teria procurado atendimento diversas vezes no posto de saúde e no Hospital Sagrada Família, sendo internado somente no dia 12. A direção do Hospital Sagrada Família diz que não houve erro, pois Roth procurou o hospital apresentando outros sintomas.
Para evitar impasses semelhantes a esse, o secretário da Saúde, Osmar Terra, anunciou que reforçar, aos municípios, as formas de atendimento e os procedimentos.
Roth teve a gripe diagnosticada no dia 17. O restante das vítimas anunciadas ontem, porém, morreu antes de saber do que sofria. O Estado espera pelos exames de 15 pessoas, que morreram com suspeita da doença. A demora pelos resultados ocorre pela dependência dos laboratórios brasileiros de um material necessário para o exame enviado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, que está sobrecarregado.
(Zero Hora, 27/07/2009)