UNIDADES DE RECICLAGEM DE PORTO ALEGRE
2002-04-12
O artigo das pesquisadoras Jackeline Amantino de Andrade e Raquel Proano Guerrero, do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA/UFRGS), apresenta um histórico do projeto implantado em 1989 em Porto Alegre pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). De acordo com o documento - publicado na coletânea 20 Experiências de Gestão Pública e Cidadania, organizada por Marta Ferreira Santos Farah e Hélio Batsta Barboza (Programa de Gestão Pública e Cidadania, Ciclo de Premiação 2000, FGV/São Paulo, 2001) -, Porto Alegre tem 1,3 milhão de habitantes e gera, diariamente, 1,6 mil toneladas de resíduos, 48% constituídos por lixo doméstico. O município, ao contrário de Curitiba e Belo Horizonte, não utiliza incentivos econômicos para promover educação ambiental. A coleta seletiva hoje atinge os 143 bairros de Porto Alegre, estando organizada em 150 roteiros, divididos em dois turnos, atendendo uma vez por semana cada bairro. Para este trabalho, o DMLU tem 22 equipes (cada uma com um motorista e três garis) e 25 caminhões, além de veículos de apoio, de pequeno porte. O gerenciamento do serviço é centralizado na zona sul da Capital. Porto Alegre tem também 29 postos de entrega voluntária (PEVs) para materiais recicláveis. O artigo cita dados do DMLU de 1999, segundo os quais as oito unidades de reciclagem de Porto Alegre - Aterro Norte, Campo do Tuca, Cavalhada, Ilha dos Marinheiros, Restinga, Rubem Berta, Santíssima e Vila Pinto - processaram um total de 9.146 toneladas de resíduos naquele ano. O salário de cada trabalhador fica na faixa de R$ 260 a R$ 320, mas há muitas pessoas na fila de espera para obter uma vaga, embora a admissão dependa também do aumento do volume de lixo reciclável que pode ser separado pela população.