Em uma ação da Operação Bajara, fiscais do Ibama, em parceria com a Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal, apreenderam nesta quarta (22/07) uma balsa que carregava 1.300 m³ de madeira ilegal no rio Amazonas. No carregamento, além de outras madeiras, todas em toras, havia ipê, maçaranduba, jatobá e pequiá, que não constavam na documentação apresentada.
Por isso, a carga, a balsa e o rebocador estão retidos no porto da Companhia Docas do Pará, em Santarém, para identificação dos peritos da Polícia Federal, da Secretaria do Meio Ambiente - Sema do Pará e do Ibama. A partir dessa análise, outras espécies poderão ser encontradas. Será feita a volumetria para, a partir disso, serem lavrados o auto de infração e o termo de apreensão. A multa poderá chegar a R$ 350 mil.
A carga, oriunda de Juruti/PA, era destinada a Belém, onde seria beneficiada e, por seu alto valor de mercado, provavelmente parte dessa madeira seria exportada e o restante abasteceria o mercado interno, talvez as regiões sul e sudeste do país. A madeira será doada à Sema/PA, que providenciará seu leilão, e os recursos arrecadados serão revertidos ao reforço dos órgãos ambientais do estão do Pará e ao fomento de programas ambientais na região.
Na segunda fase da Bajara, os rios Arapiuns, Curuatinga, Curuaúna, Tapajós e Amazonas estão sendo patrulhados de forma intensiva e ostensiva, por meio das lanchas Macuco. Essas embarcações de alta performance, são equipadas cada uma com dois motores que somam 400cv, alcançando 100km/h. Elas transportam 16 pessoas, além da tripulação e, em menos de quatro horas é possível percorrer todo o rio Curuaúna, por exemplo. Conforme o coordenador da operação, o analista ambiental Rafael Santana, além da qualidade das embarcações, as equipes são compostas por pessoal altamente capacitado e experiente, o que torna o trabalho muito eficiente.
Santana alerta que todas as embarcações que navegarem nas águas da jurisdição da Gerência Executiva do Ibama em Santarém serão abordadas. “Nenhum barco deixará de ter seu convés vistoriado pelos nossos agentes, que analisarão os documentos e farão a checagem da carga”. A operação Bajara não tem prazo para terminar.
(Por Badaró Ferrari, Ascom Ibama, 23/07/2009)