Manifestação é contra demissões na Braskem, conforme o Sindipolo
Um protesto de petroquímicos congestionou a BR-386, na altura do km 441, em Canoas, na manhã desta quinta-feira (23/07). A fila de veículos na rodovia começou às 7h, alcançou quatro quilômetros cerca de uma hora depois e às 9h o fluxo voltava a fluir, ainda que lentamente. Os manifestantes paravam os ônibus que se dirigiam ao Polo Petroquímico e entregavam panfletos aos trabalhadores sobre demissões na empresa.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Polo Petroquímico (Sindipolo), a Braskem pretende demitir 10% dos empregados. Para representar a situação, foram colocadas dezenas de cruzes no canteiro central da via.
A Braskem divulgou, por meio de sua assessoria de comunicação, nota oficial sobre a causa dos protestos. De acordo com a empresa, as demissões ocorreram com a integração de ativos petrolíferos, em 2007, envolvendo Copesul, Ipiranga Petroquímica e Petroquímica Triunfo.
Confira abaixo a íntegra da nota:
A integração dos ativos petroquímicos da Braskem no RS iniciada em 2007 envolvendo a Copesul, Ipiranga Petroquímica e Petroquímica Triunfo teve como uma de suas prioridades a integração de mais de duas mil pessoas. O processo foi realizado com a avaliação das competências dos integrantes e sua adequação à realidade da Braskem e os desafios que cada um deveria assumir.
Como é natural em um processo de integração desta magnitude, foram detectadas sobreposições. Ao mesmo tempo, a Braskem viu a necessidade de contratar novos integrantes. Desde 2007, entre pessoas desligadas por iniciativa da empresa e contratações, a diferença é de 10 desligamentos.
Entre as pessoas que se desligaram da empresa neste período, mais da metade foi por aposentadoria e algumas por iniciativa pessoal.
Importante destacar que, apesar do cenário de recessão econômica, a Braskem manteve seu principal investimentos no RS. A montagem do projeto de PE Verde no Pólo de Triunfo iniciada este ano vai gerar 1500 postos de trabalho diretos na obra até 2010 e mais 100 na operação da operação. Atualmente, já emprega aproximadamente 450 pessoas.
(Zero Hora, 23/07/2009)