Com outras 3 vítimas, SP soma agora 12 óbitos, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 11; Rio anunciou nesta quarta (22/07) 4 mortes. No país, o total de mortes pela nova gripe chega a 29; menina de um ano e seis meses é a vítima mais jovem registrada até agora
O número de mortes em decorrência da gripe suína no país subiu ontem para 29, com as confirmações de mais quatro mortes no Rio de Janeiro e de outras três em São Paulo. Com isso, São Paulo passa a ser o Estado com maior número de mortes pela doença confirmadas, com 12 casos, seguido por Rio Grande do Sul (11), Rio (5) e Paraná (1). Entre os novos casos confirmados está a mais jovem vítima da doença até agora: uma menina de um ano e seis meses moradora do Grande ABC, região metropolitana de São Paulo. A criança, que tinha um histórico de anemia, foi internada em 18 de julho com insuficiência respiratória e morreu no mesmo dia, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Os demais casos de São Paulo são uma mulher de 27 anos, de Valinhos (85 km de SP), e um estudante de 26 anos, morador da capital, mas que morreu em Itapetininga (172 km de SP), por onde passava em viagem ao interior do Estado. A Secretaria da Saúde também confirmou ontem uma morte que tinha sido divulgada na terça-feira pela Prefeitura de Osasco (Grande São Paulo).
As quatro vítimas confirmadas ontem no Rio são duas crianças (de dez e seis anos), uma gestante de 29 anos e uma mulher de 39 anos. A advogada Elenilde da Silva Leão afirmou ontem que a família da gestante pretende entrar com uma ação contra o Estado e uma clínica particular por omissão de socorro. Ela disse que Aldinete Pereira de Lima estava grávida de sete meses e procurou atendimento médico assim que começou a apresentar sintomas.
Segundo a advogada, no dia 12 ela foi ao hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense. Dois dias depois, procurou outro hospital estadual, o Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e novamente foi liberada sem diagnóstico. Na última sexta-feira, procurou então a clínica particular Prosaúde, de Bangu. "Ela foi hospitalizada às 7h30, mas às 17h ainda não tinha sido atendida. Às 19h, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu", contou a advogada. O bebê, um menino, também não sobreviveu.
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio abriu sindicância para apurar a conduta dos médicos nos dois hospitais. A reportagem não conseguiu localizar representantes da Prosaúde. Das sete vítimas confirmadas ontem, pelo menos três apresentavam fator de risco.
(Folha de S. Paulo, 23/07/2009)