Em uma área de mais de 11 mil metros quadrados, a Klimahaus ("Casa do Clima"), na cidade de Bremerhevan, no norte da Alemanha, mostra as mudanças climáticas do planeta em uma exposição interativa. Nela, o público tem a sensação de visitar diversas regiões e paisagens do planeta, indo dos - 6ºC da Antártica até os 35ºC do deserto africano.
Dividido em nove estações, o museu custou 100 milhões de euros e foi projetado de forma ecologicamente correta. Inaugurado no final de junho, o edifício de arquitetura arrojada tem aparência de um imenso bote inflável prateado e possui nível de emissão de dióxido de carbono próximo de zero. Na mostra, os visitantes percorrem um trajeto de 1,2 quilômetros, onde aprendem como o clima influencia a vida e quais as consequências das mudanças climáticas.
"Volta ao mundo"
A primeira parada leva aos Alpes suíços, onde vídeos mostram como uma família de fazendeiros tem a vida ameaçada pelo derretimento das geleiras das montanhas locais. Depois, o público passa por uma paisagem de proporções gigantes reproduzindo a flora encontrada na Sardenha, onde as pessoas se sentem como um inseto.
Dentro de uma lata de refrigerante em tamanho família, computadores simulam como o clima da região ficará, caso as condições de vento e umidade de regiões distantes forem modificadas. A viagem faz parada também em um pedaço de deserto no Níger e em uma floresta tropical ameaçada pelo desmatamento em Camarões.
Depois de se sentir as temperaturas gélidas da Antártica, chega a vez de admirar casas típicas de Samoa, construídas pelas mãos de habitantes das ilhas polinésias. O passeio leva a um aquário que exibe um recife de corais verdadeiros. Um túnel com sons marinhos transporta os turistas ao Alasca.
Além da viagem pelo planeta, a Klimahaus oferece ainda outros setores de exibição. A área batizada "Elementos" traz vídeos e brincadeiras interativas envolvendo fogo, terra, água e ar. Em "Perspectivas", é possível se ter uma idéia de como as mudanças climáticas influenciarão o cotidiano das pessoas até o ano de 2050. E em "Chances", os visitantes ficam sabendo o que cada um pode fazer para ajudar o clima planetário.
(Estadao.com.br / AmbienteBrasil, 23/07/2009)