A energia solar foi historicamente esquecida dentro dos programas oficiais de incentivo às energias renováveis. Agora, o governo sinaliza uma mudança. O Ministério de Minas e Energia promete publicar no próximo mês um relatório que estabelece a política de estímulo à energia fotovoltaica.
De olho no que acontece na Europa, onde o custo da geração solar baixa gradativamente e deve empatar com o custo da geração convencional (baseada em fontes não renováveis) nos próximos cinco anos, o Brasil finalmente começa a se mexer para viabilizar um programa para essa fonte.
Vale lembrar que a geração de eletricidade residencial - onde essa política tem imenso campo para crescer - pode ter um grande efeito na matriz elétrica do Brasil. Gerar energia em nossos próprios telhados reduz os impactos ambientais das grandes usinas e praticamente zera os custos e os impactos envolvidos na transmissão e na distribuição de energia.
O potencial de geração solar é ilimitado e o Brasil poderia gerar parte considerável de sua energia a partir dessa fonte. A Espanha, hoje o maior gerador de energia por painéis solares no mundo, atende a 1,5% de sua demanda de eletricidade com o Sol e pretende elevar a participação a 10% no futuro.
Vejamos o que Brasília vai entregar.
(Por Ricardo Baitelo, Greenpeace Blog, 22/07/2009)