O mercado internacional de carbono terá seu atestado de saúde ou de óbito em dezembro, na conferência do clima de Copenhague. O encontro deverá definir quanto os países cortarão de suas emissões para salvar o clima da Terra. O tamanho do mercado depende do tamanho do compromisso.
O Protocolo de Kyoto, em vigor hoje, estabeleceu como meta cortar 5,2% das emissões dos países industrializados em relação a 1990 até 2012. Isso gera um mercado de até US$ 1 bilhão ao ano (considerando um preço de US$ 10 por tonelada).
O quadro que se desenha para Copenhague é muito mais promissor. Primeiro, a meta de redução do próximo acordo precisa ser mais ambiciosa -entre 20% e 40% de corte até 2020. Depois, porque o maior poluidor do planeta, os EUA, estão de volta à mesa. Ao criar um sistema de "governança" de carbono, o Brasil quer mostrar que pode atrair investimentos na área.
(Por Claudio Angelo, Folha de S. Paulo, 22/07/2009)