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conservação da biodiversidade emissões de gases-estufa cop/unfccc
2009-07-22

É fundamental o diálogo entre os países ricos em tecnologia e recursos financeiros e os que possuem maior biodiversidade, afirmou o secretário-executivo do Convenio sobre a Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf. Todos os cientistas reconhecem que o ritmo de perda de espécies é maior hoje do que em qualquer outro momento da historia. Mas, existem forças que tentam frear e corrigir o dano. Djoghlaf é um dos lutadores. Agora se esforça para tirar o maior proveito do Ano Internacional da Biodiversidade, em 2010, e das reuniões internacionais prévias à X Conferência das Partes do Convênio sobre a Diversidade Biológica (COP10), que acontecerá em outubro do próximo ano na cidade japonesa de Nagóia.

Também foi diretor-executivo adjunto do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), coordenador da divisão do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (FMAM) nessa agência e relator-geral do comitê preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. A IPS conversou com Djoghlaf durante uma reunião organizada pela Bioversity International, a maior entidade mundial de pesquisas sobre conservação e uso da biodiversidade agrícola.

IPS- A perda de biodiversidade e a mudança climática estão intimamente ligadas. Mas, o recente fórum sobre energia e clima realizado durante a cúpula do Grupo dos Oito países mais poderosos em L’Aquila, na Itália, produziu uma declaração que não incluiu compromissos concretos sobre quantas emissões contaminantes deveriam ser reduzidas e quando. Qual sua leitura dessa reunião?
Ahmed Djoghlaf-
A declaração é importante. Naturalmente, é necessário fixar objetivos de longo prazo, bem como de curto prazo. A liderança do G-8 deveria se comprometer com um acordo pós-Kyoto em Copenhague (onde em dezembro acontecerá a 15ª Conferência das partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática). Esta foi a primeira vez que estes chefes de Estado aprovaram os compromissos contidos na Carta de Siracusa sobre Biodiversidade, emitida durante a cúpula ambiental do G-8 em abril deste ano. A declaração de Siracusa foi muito forte em assumir a liderança em matéria de biodiversidade e em finalizar a negociação sob o regime internacional até 2010 em Nagóia.

O desafio da mudança climática é técnico e financeiro, mas, primeiro é um assunto ambiental. O desmatamento tropical contribui com 20% das emissões de gases causadores do efeito estufa. As florestas tropicais estão desaparecendo ao ritmo de 13 milhões de hectares por ano, junto com uma biodiversidade que ainda tem de ser registrada. Os oceanos absorvem 20% das emissões. Porém, o aquecimento global debilita a capacidade dos oceanos de absorver naturalmente as emissões.

Em L’Aquila, as nações em desenvolvimento disseram que, antes de se comprometer com uma ação, os países industrializados devem acordar uma redução de 40% das emissões até 2020 em relação aos níveis de 1990. A maior parte da riqueza em matéria de biodiversidade fica no Sul. Qual deve ser o papel dos países em desenvolvimento?
Djoghlaf-
Países como Índia ou China têm mais biodiversidade do que todos os integrantes do G-8 juntos (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia). Assim, o diálogo entre o G-8 e seus sócios no Sjul, isto é, os que são ricos em tecnologia e recursos financeiros e os que são ricos em biodiversidade, é essencial para os três objetivos do Convênio sobre a Diversidade Biológica (conservação da diversidade biológica, seu uso sustentável e distribuição justa e equitativa dos benefícios dos recursos genéticos). A forte associação entre Norte e sul surgida da declaração do Rio (1991) é essencial. Esta contém a base para os vínculos entre nações ricas e em desenvolvimento, e deve proporcionar liderança e diferentes responsabilidades com base nas contribuições e necessidades.

Deveria, mas, por que em L’Aquila não se chegou a um acordo mais substancial?
Djoghlaf-
Porque prevalecem os interesses de curto prazo. Se forem pensados objetivos de longo prazo, então todas as partes têm a ganhar com um acordo: o Norte, o Sul, a humanidade ganharão. Pravelecem política de curto prazo e os políticos de visão curta. Não podemos nos dar ao luxo de ter isso.
 
(Por Miren Gutiérrez, IPS / Envolverde, 21/07/2009)


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