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reserva biológica de perobas aves extinção de espécies
2009-07-22

O biólogo Willian Menq, do Centro Universitário de Maringá (PR), registrou a presença do gavião-pato, uma espécie muito rara no Sul do Brasil. Essa ave está na na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção no Paraná e em diversos estados brasileiros. O pesquisador avistou o pássaro durante os trabalhos de campo que tem feito na Reserva Biológica (Rebio) de Perobas, no noroeste paranaense. Ele estuda as aves de rapina presentes na região. É mais uma das pesquisas da fauna existente na Unidade de Conservação.

A ave encontrada vive exclusivamente em florestas e, por estar numa reserva protegida pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), tem chances de sobreviver. “Sua presença está associada à grande oferta de presas potenciais que a unidade apresenta e também pelo habitat ideal. Agora teremos as atenções voltadas a ela para estimar qual o tamanho de sua população na reserva, se é apenas um individuo, um casal, ou mais”, destaca o pesquisador.

De acordo com Willian Menq, mais que ser balizadora de futuras pesquisas e do planejamento para manutenção da reserva, essa pesquisa que ele desenvolve é imprescindível por causa da especificidade do local. “Além ser a única floresta de grandes dimensões e isolada, ela acabou se tornando um refúgio da fauna no noroeste paranaense, uma verdadeira 'arca de noé', onde há grande diversidade de espécies.”

Ele explica que à medida que forem sendo catalogadas, será mensurada a frequência, a quantidade específica da cada uma delas e se são comuns ou mais raras, como o gavião-pato. “Espero que consigamos registrar outras espécies raras de alto interesse biológico.” A probabilidade de êxito para outras raridades, na opinião de Menq, é muito grande. “A reserva, com as dimensões e diversidades de animais que tem, se torna local perfeito para as aves de rapina”, afirma.

Agregando a essas particularidades, segundo ele, as aves de rapina carecem também de informações na literatura devido às baixas densidades populacionais desse grupo. “E ainda faltam biólogos dedicados a esse grupo específico, pois a metodologia de pesquisa com aves de rapina é totalmente diferente das de pesquisa com outros grupos de aves. Por isso, elas acabam ficando subamostradas na maioria das listas avifaunísticas”, completa.

Para mudar esse quadro, o pesquisador segue com os estudos na reserva até fevereiro de 2010. Ele vai ao local a cada mês e deve aumentar a frequência de visitas no início do verão. Apesar desse período delimitado, pode haver, diz ele, a prorrogação dos trabalhos de campo conforme a necessidade. É assim que Willian Menq está fazendo o levantamento das aves de rapina ( gaviões, águias, falcões e até corujas) existentes na reserva e no entorno dela.

As aves de rapina são predadoras e têm importante destaque na cadeia alimentar da Rebio. Elas podem ser indicadas, informa Menq, como bioindicadoras da qualidade ambiental da reserva, pois a maioria delas é muito sensível a ação do homem. “E possuem papel importantíssimo no controle de populações de animais, garantindo o equilíbrio do ecossistema. Elas controlam espécies consideradas pragas, como roedores e algumas aves nocivas à agricultura,” explica.

Por causa dessa importância, o pesquisador vai distribuir, no final dos trabalhos, algumas cartilhas explicativas à comunidade, para deixar clara a necessidade de preservação dessas aves. “Pois muitas, principalmente gaviões, são alvo de fazendeiros que as acusam de atacar crias domésticas, o que raramente acontece. E as corujas, devido às crenças populares e lendas, são vistas como seres de mau agouro. Com isso, acabam sendo perseguidas e mortas”, relata.

As pesquisas feitas pelo biólogo Willian Menq, se unem a outras, como a que estuda os médios e grandes mamíferos da reserva e a que observa os morcegos, esta já teve a primeira fase concluída. Todas elas são de incalculável relevância acadêmica e fundamentais para o desenvolvimento do plano de manejo da Rebio de Perobas, que já está em andamento.

Para saber mais sobre as pesquisas com aves de rapina acesse www.avesderapinabrasil.com.

(Por Carlos Oliveira, Ascom ICMBio, 17/07/2009)


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