O Wal-Mart reafirmou nesta segunda (20/07) sua posição de não comprar carne proveniente de área desmatada na Amazônia enquanto o setor não apresentar um sistema de rastreamento do produto. Na prática, diz que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que os frigoríficos atuantes no Pará assinaram com o Ministério Público Federal é um bom avanço, mas não é suficiente.
Para o coordenador da campanha de gado na Amazônia no Greenpeace Brasil, a nota mostra claramente a posição do Wal-Mart em defender o interesse de seus consumidores e da sociedade brasileira, que não querem compactuar com o desmatamento da Amazônia. "Esperamos que essa decisão seja adotada pelas demais redes de supermercados, como um claro recado ao agronegócio de que não há mais espaço para produtos que destroem o maior patrimônio brasileiro e causam mudanças climáticas."
Nota de esclarecimento sobre compra de carne no Pará
O Wal-Mart mantém a sua posição na suspensão da compra de carnes provenientes de fazendas do Pará, mesmo após a assinatura do Termo de Ajuste de Condutas (TAC) por parte de frigoríficos que atuam na região. A empresa é contrária ao movimento de retomar as compras sem que um processo de auditoria independente com garantia de origem da carne desta região seja estabelecido.
O Wal-Mart reconhece os esforços das empresas e produtores que atuam na região e entende que a assinatura do TAC é um bom avanço para a construção de uma cadeia de suprimentos de carne mais responsável. A empresa também está sensível a pressão econômica e social que este embargo tem acarretado a região. “Temos um compromisso com o meio ambiente e com os nossos consumidores. Só voltaremos a fazer negócios com a região após acordo e alinhamento do plano de auditoria proposto inicialmente pelo setor. Entendemos que isso é o mais correto a fazer no momento e está em linha com as expectativas dos nossos clientes”, afirma Héctor Núñez, Presidente do Wal-Mart Brasil.
O Wal-Mart assumiu o compromisso de garantir a implementação de um processo de auditoria de origem com todos os frigoríficos com os quais trabalha no Brasil, independente da região de atuação. A empresa está em processo de aprovação destes planos cujos resultados iniciais devem estar prontos em aproximadamente 60 dias.
Mais informações com a assessoria de imprensa do Greenpeace
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(Greenpeace Brasil, 20/07/2009)