A Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) divulgou na última semana um plano de medidas voluntárias para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) da frota mundial de navios comerciais. As medidas técnicas e operacionais estão voltadas para a eficiência energética de navios novos e antigos, como inovações no design e melhores práticas nas rotinas de operação para reduzir o consumo de combustível.
Segundo um estudo da Organização, navios ligados ao comércio internacional contribuíram com 2,7% das emissões de CO2 em 2007. O estudo afirma que reduções de emissões são plenamente viáveis através de medidas técnicas e operacionais, assim como a introdução de mecanismos de mercado. O Comitê de Proteção Ambiental Marinha da IMO irá aprofundar as discussões sobre instrumentos de mercado para reduzir emissões de CO2 na próxima reunião, em março de 2010, quando também levará em consideração o que será discutido na Conferência do Clima de Copenhague, em dezembro.
Os ambientalistas, contudo, não ficaram satisfeitos com o caráter voluntário da iniciativa. “Isto não atende a nossa demanda ou o que é necessário para proteger o clima e nós pediremos a UNFCCC (braço climático das Nações Unidas) para estabelecer metas e prazos, assim como um guia de princípios”, afirmou o chefe de políticas de transportes do WWF-UK, Peter Lockey, à Reuters. Na falta de políticas de controle para a navegação internacional, as emissões podem subir entre 150% a 250% em 2050, alerta o estudo da IMO.
(Reuters / CarbonoBrasil, 20/07/2009)