A remoção de árvores nas ruas de Porto Alegre divide opiniões entre moradores e a prefeitura. Para a população, elas embelezam e dão um charme a mais às vias da cidade, conhecida pela grande quantidade de árvores. Ao mesmo tempo, podem trazer problemas se caírem na rua ou em cima de casas ou veículos ou ao ficarem presas nas redes de eletricidade. Para a poda ou retirada é necessária uma autorização prévia da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), que na maioria dos casos também é a responsável pelo serviço.
Exemplo dessa polêmica foi a retirada de jacarandás no bairro Floresta na semana passada. Segundo moradores da rua Pelotas, a ação tem afetado a paisagem conhecida por ter um túnel verde. O engenheiro Eduardo Conceição, que reside na rua desde que nasceu, diz que nos últimos dois anos foram mais de sete árvores removidas. Há moradores, por outro lado, que pedem a retirada temendo algum acidente ou dano. O maior número de pedidos encaminhados à Smam são relativos a árvores nas calçadas, próximas aos muros ou invadindo os terrenos. Outro fator que exige a retirada é quando a árvore está velha ou seca e com probabilidade de cair.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Professor Garcia, ressaltou a fiscalização constante da situação das árvores na cidade. Destacou que os pedidos da comunidade são avaliados conforme a gravidade da situação, sendo liberados ou vetados. Além disso, Garcia lembrou que a remoção ocorre quando a árvore tem grande probabilidade de cair. Ele citou o exemplo dos jacarandás retirados da rua Pelotas, que estavam com profundas e amplas 'necroses', espécies de buracos, nos seus troncos.
'Essa situação faz com que a árvore fique sem estabilidade e com a sua capacidade de sustentação precária, podendo facilmente cair', explicou o secretário. Ele destacou ainda que existe na Capital um processo de substituição. As árvores que são retiradas têm outras mudas plantadas em seu lugar na mesma região. Quem tiver informações a buscar sobre o assunto ou reclamações a fazer pode ligar para o telefone 156.
(Correio do Povo, 21/07/2009)