Material ganhou lona, mas continuará ao ar livre até que solução seja encaminhada

Só agora as tratativas começam a avançar para a devolução do lixo que foi exportado da Inglaterra para o Brasil, mas as autoridades caxienses ainda não receberam definição a respeito do que será feito do lixo que está no porto seco da cidade.

O governo britânico anunciou no domingo que os contêineres com as 1,4 mil toneladas de lixo enviadas ilegalmente retornarão à Inglaterra. Mas até que a burocracia se desenrole, o que pode levar semanas, parte do lixo continuará na cidade ao ar livre no pátio do porto seco. Parte dos resíduos, que chegaram no dia 15 de abril em oito contêineres, ganhou a cobertura de uma lona. Além de Caxias, há material no porto de Rio Grande e no porto de Santos (SP).

Uma das empresas envolvidas na importação, a Alfatech Ltda, de Bento Gonçalves, fechou as portas porque perdeu clientes e teve prejuízos com a repercussão negativa do caso. A empresa se diz vítima de um golpe, alegando que importou aparas de plástico para reciclagem.

O chefe do escritório do Ibama em Caxias, Jairo Menegaz, avalia que os resíduos expostos, compostos na maior parte por lixo seco, como embalagens de produtos alimentícios, de xampu e revistas, dispostos em fardos sobre um solo de concreto, não representam perigo ao meio ambiente por enquanto.

(Por Kelly Isis Pelisser, Zero Hora, 20/07/2009)