A Secretaria Municipal da Saúde de Porto alegre (SMS) convocou essa semana representantes de todas as Unidades Básicas (UBS) e Postos de Saúde da Família (PSFs) para uma reunião, no auditório do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers). O encontro teve como foco principal o novo protocolo adotado, que determina o atendimento para todos os casos de Gripe A (H1N1) como doença respiratória aguda.

É grande a preocupação dos profissionais de saúde com a mudança do comportamento do vírus e a forma correta de atendimento. A chefe da Equipe de vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS, Maria de Fátima De Bem, lembra que 'a maioria desses profissionais nunca viveu um processo de pandemia de uma doença, que é comum, mas pode se tornar mais grave'.

Maria de Fátima destacou que, no momento, o mais importante é a contenção do surto da nova gripe, que vem se alastrando em uma velocidade surpreendente, segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde e que já tem sete casos confirmados no Rio Grande do Sul. Para tanto, ela reafirmou às pessoas a importância de procurar orientação médica mediante qualquer caso de suspeita. Além de procurar um médico, a especialista orientou que o paciente em análise reduza os contatos pessoais.

'O novo protocolo determina que seja abandonada, de forma progressiva, a busca ativa de contatos, uma vez que esse fator não agrega informação', enfatizou ela, salientando que todo o trabalho feito na Capital está sintonizado, diretamente, com as indicações realizadas pela Secretaria Estadual da Saúde. Foram, ainda, detalhadas informações sobre o Tamiflu, antiviral que só deve ser usado em casos graves e que está esgotado nas farmácias. A representante da UBS Ramos, localizada no bairro Rubem Berta, Rosane Baltazar, não percebe uma preocupação maior por parte dos pacientes atendidos. 'A procura devido a doenças respiratórias é sempre grande nesta época, mas as pessoas não falam muito em gripe A'.

A representante do Ambulatório Básico, do Centro de Saúde da Vila dos Comerciários, Taís Soares, também considera que o temor é maior entre os profissionais de saúde. 'Estamos expostos, diretamente, a pessoas com casos suspeitos, que pouco ou nenhuma informação têm ao que chamam, popularmente, de gripe do porco', enfatizou.

(Correio do Povo, 19/07/2009)