O superintendente do Ibama em Rondônia, César Guimarães, disse que as famílias que vivem na Floresta Nacional Bom Futuro são ordeiras e que as ameaças contra o instituto partem de pessoas que nem moram no local, mas criam milhares de cabeça de gado e retiram madeira ilegalmente. Para protestar contra as multas aplicadas pelo Ibama na Flona Bom Futuro, na região de Buritis, dezenas de famílias acampam desde segunda (13/07) na estrada da hidrelétrica de Jirau, na capital.
"Essas famílias não sairiam de Bom Futuro para vir para Porto Velho se não fosse a influência dos grandes criadores, que são os maiores prejudicados pela ação do Ibama", destacou César Guimarães. Ele disse, ainda, que a Incra está cadastrando as cerca de duas mil pessoas que moram na Flona Jamari, e que isso causou irritação a quem cria gado mas não mora no local.
Inicialmente a intenção das famílias era invadir as sedes do Ibama e do Incra em Porto Velho, mas a Polícia Federal foi alertada. Então, as famílias decidiram ocupar a estrada de acesso à usina de Jirau. César Guimarães explicou que a fiscalização na Flona Bom Futuro está acontecendo devido a uma determinação da Justiça Federal. "Tenho que cumprir o que manda a Justiça, por isso não há como negociar. Sou altamente disciplinado. Sou muito bem mandado. Agora, se meu superior determinar a paralisação da fiscalização, paro na hora, sem mágoas", afirmou.
(Amazonia.org.br / Envolverde, 15/07/2009)