O Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) deve encaminhar nesta quinta (16/07) um documento oficial aos órgãos ambientais do Município, como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). O tema é a problemática da deposição de lama na praia do Cassino. O documento contém provas científicas de que a lama é causada por ações locais, como a dragagem e a poluição, além das ações naturais.
O documento inclui dados de uma pesquisa feita no Instituto de Oceanografia, designado pelo diretor, o professor Carlos Garcia, com a participação de uma comissão de professores do instituto. De acordo com o professor Lauro Calliari, o documento aborda as causas da lama, que foram amplificadas com o tempo. “A intenção do envio do relatório é de que os órgãos competentes cheguem a uma conclusão sobre o problema da lama”, explicou.
Em 1901, foi registrada pela primeira vez a lama na beira da praia do Cassino. Nos últimos anos, o fenômeno tem acontecido com frequência. Até a realização do último estudo, os biólogos e oceanógrafos consideravam a lama como um fenômeno natural. Muitos veículos já ficaram atolados na lama e surfistas tiveram que ser resgatados no mar.
(Jornal Agora, 16/07/2009)