Os ministros da Saúde de seis países sul-americanos se reunirão na quarta-feira (15/07) na Argentina para analisar o impacto da gripe H1N1 na região, onde ao menos 168 pessoas morreram pela doença desde maio. A reunião foi convocada pelo ministro argentino, Juan Manzur, e participarão os titulares das pastas de Saúde do Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia.
O Brasil será representado pelo diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. O ministro, José Gomes Temporão, participará da Marcha dos Prefeitos, em Brasília, evento que contará também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a assessoria do ministério. "A agenda de trabalho inclui também a busca de uma harmonização das medidas adotadas por cada país para enfrentar a pandemia, que incluirá análises para a distribuição pública de antivirais", disse Manzur na terça-feira.
A Argentina é o país com o maior número de mortes na região e o segundo em todo o mundo, com 137 vítimas fatais e 3.056 casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus, segundo dados oficiais. Os dados federais sobre mortes pela gripe H1N1 na Argentina registram menos falecimentos que os contabilizados por governos provinciais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira (13) que a cepa do vírus H1N1 é "incontrolável" e deu às farmacêuticas luz verde para a fabricação de vacinas. A OMS elevou, em 11 de junho, seu alerta de pandemia ao nível máximo e declarou que a nova gripe estava produzindo uma epidemia global devido à propagação do vírus H1N1.
Embora até o momento a doença tenha causado apenas sintomas leves na maioria dos pacientes, mais de 400 pessoas morreram em todo o mundo e especialistas temem que o número aumente sem um programa internacional de imunização.
(Por Karina Grazina, Reuters Brasil, 14/07/2009)