A norte-americana Exxon Mobil planeja investir 600 milhões de dólares nos próximos seis anos para desenvolver biocombustível a partir de algas, informou a companhia nesta terça-feira (14/07), após descartar anteriormente a produção dessa energia renovável por considerá-la pouco rentável.
A Exxon disse em comunicado que deve formar uma parceria de pesquisa e desenvolvimento com a Synthetic Genomics Inc., uma empresa privada focada em estudos genéticos. O custo do projeto poderia ultrapassar os bilhões de dólares, acrescentou a companhia. "O combustível a base de algas poderia ajudar a abastacer a crescente demanda mundial e reduziria a emissão de gases poluentes", disse Michal Dolan, vice-presidene sênior da Exxon, em nota. No entanto, Emil Jacobs, vice-presidente de pesquisa da Exxon, disse a jornalistas durante uma teleconferência que "precisamos ser realistas. Isso não será fácil, e não há garantias de sucesso".
Outras companhias, incluindo a maior empresa petrolífera da Europa em valor de mercado, Royal Dutch Shell Plc, também estudam a possibilidade de produzir combustível a partir de algas, mas todas concordam que falta anos para que este combustível possa ser comercializado. O biocombustível derivado de algas teria uma vantagem sobre os outros combustíveis alternativos existentes, uma vez que este não competiria com aqueles a base de grãos usados para alimentos.
A Exxon, maior petrolífera do Ocidente, era cética até então a respeito de energias limpas --como a eólica, os biocombustíveis e a energia solar-- e já apoiou pesquisas que questionam a bases cientificas de que a mudança climática é provocada pelo homem.
(Por Anna Driver, UOL Reuters, 14/07/2009)