Até agora foram 44 pelo telefone 153, coordenado pela Guarda Municipal. Segundo o coordenador Nilson Rodrigues, as ligações resultaram na detenção de 19 pessoas. No ano passado, havia 376 denúncias e 85 detenções. 'Estamos na metade do ano e o número não corresponde a 50% das chamadas do ano passado. Como as pichações são feitas em segundos, dependendo de onde está a viatura é possível pegar o criminoso em flagrante. A denúncia é quase que determinante.'
O maior volume de chamadas ocorre à noite, quando a ação dos vândalos é mais constante. Conforme levantamento das ligações ao Disque-Pichação, constatou-se que as regiões do Centro, Partenon e Cristo Redentor concentram o maior volume de problemas. No Centro, a área em torno da Rodoviária e do Viaduto da Conceição é foco rotineiro. Além disso, entre os principais alvos estão monumentos históricos, obras e prédios públicos. Até hoje o Monumento aos Açorianos tem marcas das pichações.
O coordenador lembra que o serviço não intimida todos os pichadores. 'Para alguns, a possibilidade de ser pego com mais facilidade aumenta o desafio', destacou. Ao ser pego pela Guarda Municipal em flagrante, o vândalo é encaminhado para uma Delegacia de Polícia se for adulto, ou para o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) se for menor de 18 anos. A pena pode ser o reparo ao dano, o pagamento de multa e a prestação de serviço comunitário.
Rodrigues também lembrou outro problema enfrentado pelo Disque-Pichação: os trotes. Ele estima que 30% das ligações recebidas são improcedentes. O serviço que permite a denúncia de atos de vandalismo foi implantado pela Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana em maio de 2006. No atendimento, que funciona 24 horas, trabalham quatro pessoas.
(Correio do Povo, 15/07/2009)