A maior cadeia de supermercados dos Estados Unidos, Wal-Mart, anunciou que deixará de comprar salmão do Atlântico proveniente do Chile, já que as companhias estabelecidas no país sul-americano não estão em condições de abastecer o mercado estadunidense com este produto, devido às massivas mortalidades desta espécie nos centros de cultivos afetados pelo vírus ISA.
O espaço de mercado está sendo ativamente ocupado pelos produtores noruegueses, dando início, com isso, à primeira baixa na "guerra do salmão". Segundo informou nesta segunda-feira (13/07) a agência de notícias Bloomberg, um dos portavozes do Wal-Mart, Caren Spstein, disse que a supermercadista trocou de provedores logo que a variedade de salmão Atlântico não está "disponível" para ser oferecida pelas empresas chilenas. Assim mesmo, a porta-voz declinou a especificar sobre outros países que podiam abastecer com o produto à cadeia. Entretanto, certamente o abastecedor deveria ser Noruega. Estes produtores contam com estoque e estão em condições de assegurar fornecimento a seus compradores, segundo se desprende em declarações de seus executivos na Noruega e no Chile.
Marine Harvest, o maior produtor mundial de salmão, começou a enviar salmão norueguês aos Estados Unidos há duas semanas para abastecer os clientes que compravam os produtores chilenos, disse Jorgen Christiansen, porta-voz da companhia com sede em Oslo. Segundo Bloomberg, Christianse declinou identificar a ditos clientes, mas afirmou que "Temos consumidores gritando por mais salmão".
Noruega é o maior produtor mundial de salmão, depois do Chile, e as exportações chilenas ao Reino Unido caíram 59% neste ano por causa do vírus, segundo os dados da consultora norueguesa Kontali Analyse AG. Um recorte do salmão no mercado mundial impulsionou os preços do salmão norueguês 21% neste ano, de acordo com as estatísticas norueguesas.
(Ecoceanos / Adital, 14/07/2009)