(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
energia nuclear no uk política ambiental do uk
2009-07-14

A Grã Bretanha precisa construir mais reatores nucleares e usinas de carvão limpo, dando menos ênfase para a energia eólica, se quiser assegurar um futuro com baixas emissões de carbono, alega a Confederação das Indústrias Britânicas (CBI), um grupo de lobby empresarial, em um relatório lançado nesta segunda-feira (13/07).

As atuais políticas governamentais estão tornando as metas de segurança energética e mudanças climáticas difíceis de serem alcançadas, pois uma ênfase na energia eólica levará a queda de investimentos em outras formas de geração de eletricidade com baixas emissões de carbono, disse o grupo. “Grandes fatias da nossa infra-estrutura energética precisam urgentemente ser substituídas”, declarou o vice-diretor geral da CBI, John Cridland. “Apesar de termos subsídios generosos para a energia eólica, precisamos urgentemente do planejamento nacional para a construção de novas usinas nucleares. Se continuarmos assim, colocaremos muitos ovos na mesma cesta”.

O  grupo empresarial alertou que se as suas recomendações não forem seguidas, a geração de energia seria dependente das usinas movidas a gás e prevê que apenas 64% da energia britânica seria gerada por métodos com baixas emissões em 2030. Isto ficaria abaixo da meta de 78% recomendada pelo comitê sobre mudanças climáticas, um órgão independente que presta consultoria para o governo britânico.

A CBI alega que o seu plano resultaria em 83% da energia britânica sendo proveniente de fontes com baixas emissões. Cerca de um terço da eletricidade viria de usinas nucleares enquanto as usinas a carvão com a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) gerariam outros 14%, declarou a CBI. O restante da geração com baixas emissões viria de fazendas eólicas e outras fontes renováveis, como a maré, enquanto o gás e o carvão convencional completariam o mix energético, descreve o relatório. Para alcançar a meta, a energia eólica cairia da atual meta de 32% para 2020, para 25% da geração total, explica o grupo, adicionando que até junho de 2010 o financiamento do CCS precisaria estar esclarecido.

Conseguir que os consumidores e as empresas usem a energia de forma mais eficiente também auxiliaria na redução da demanda total por energia e contribuiria para melhorar a meta de corte de 11% até 2020 para 20%. O grupo ambientalista Greenpeace criticou o relatório, dizendo que seria um erro dispensar a energia eólica em um país com recursos e vontade de utilizar fontes de energia renovável. “Temos na Grã Bretanha uma das melhores fontes de energia renovável do mundo e um setor manufatureiro lutando para conseguir liderar no setor de tecnologias marinhas, como a eólica em alto mar e a energia de maré”, disse o diretor executivo do Greenpeace,  John Sauven.

Mas diversas empresas grandes do setor energético felicitaram o relatório, alegando que oferece uma análise independente da política energética e não representava uma recomendação para substituir a energia eólica por nuclear. “Desafia algumas idéias ortodoxas a cerca das metas renováveis”, comentou o chefe-executivo da National Grid, Steve Holliday.

Um outro relatório publicado pela consultoria Poyry no início do mês alertou contra a dependência da energia eólica, alegando que padrões climáticos imprevisíveis podem resultar em picos de preços e ameaçar os investimentos na geração de energia de apoio. As conclusões da CBI foram publicadas dois dias antes do governo lançar um relatório governamental delineando como a Grã Bretanha pretende alcançar as suas metas relacionadas ao carbono de reduzir as emissões em 34% até 2020 e no mínimo em 80% até 2050.

Mais informações (inglês), clique aqui.

(Por Kwok W. Wan, com tradução de Fernanda B. Muller, Reuters / CarbonoBrasil, 13/07/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -