Investimento é estimado em R$ 2 bilhões para novos lançamentos. Montadora negocia incentivos fiscais e deverá recorrer a financiamento
A General Motors do Brasil anunciará, nesta quarta-feira (15/07), investimento estimado em R$ 2 bilhões para a ampliação da unidade de Gravataí (RS), que produzirá a partir de 2012 dois modelos de sua nova família de produtos, com base no protótipo GPix, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado.
Segundo informações da Agência Estado, o anúncio do projeto será feito às 10 horas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, em evento do qual também participará a governadora do Rio Grande do sul, Yeda Crusius (PSDB), junto com a direção da montadora. Às 15h30, o projeto será apresentado no Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho.
Em evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham) em abril, o ministro Miguel Jorge havia adiantado que três montadoras já haviam avisado o governo sobre investimentos ainda este ano. Na época, fontes do setor afirmaram ao G1 que um deles seria voltado à ampliação da fábrica da General Motors em Gravataí.
BNDES
Para consolidar a ampliação, a GM negocia incentivos fiscais com o governo do Estado. Parte do investimento será feito com recursos da própria empresa, entretanto, ela recorrerá também a financiamentos de bancos oficiais, como o BNDES e Banco do Brasil.
A subisidiária brasileira da GM está entre as mais importantes para a companhia, pois mantém a lucratividade e volume de vendas em crescimento - é a terceira montadora do país em vendas. Para manter os investimentos no país, a General Motors do Brasil cortou as remessas de dividendos para a matriz nos Estados Unidos, que anunciou na última sexta-feira (10) a saída da concordata adotada em 1º de junho - após a reestruturação, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ficou com 60,8% de participação na nova companhia.
Além da notícias positiva para a companhia, o anúncio do investimento na fábrica de Gravataí representa um alívio na agenda de crise política, que voltou a atingir o governo gaúcho na semana passada, após a divulgação de novas denúncias de supostas irregularidades que incluem uso de caixa 2 na campanha eleitoral de Yeda em 2006.
(G1, com informações da Agência Estado, 13/07/2009)