O trabalho da pesquisadora do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Ufrgs (IPH), Carla Giovana Santana, avalia a utilização do ferrato (VI) de sódio (Na2FeO4) no tratamento de ar contaminado com SO2. A síntese de ferrato VI de sódio foi realizada in loco, utilizando-se a via eletrolítica em célula, com câmaras separadas por membranas, em solução alcalina 14 M de NaOH. Os testes em escala piloto foram realizados em torre lavadora com altura útil de 2,50 metro e diâmetro interno de 0,30 metro, utilizando vazão de ar contaminado variando entre 113,098 e 169,64 metros cúbicos por litro, taxa de lavagem de 1,7 a 2,27 metros cúbicos por litro de solução. As concentrações de teste variaram entre 23.898 e 573.527 microgramas por metro cúbico. A duração dos testes variava de acordo com a massa dos reagentes, SO2 e Na2FeO4, sendo controlada pela virada do pH da água de lavagem em torno de 4. Foram obtidas remoções de 99% de S02, resultado altamente promissor, com a vantagem da utilização de soluções alcalinas contendo ferrato sobre as soluções puras de hidróxido de sódio, por serem mais eficientes na oxidação direta do dióxido de enxofre a sulfatos. Segundo a pesquisadora, a eficiência do ferrato (VI) no abatimento de substãncias químicas é muito mais eficiente do que a soda cáustica, por exemplo. - Após esse gás contaminado passar pelo lavador de gás, o SO2 fica retido na água e não vai mais para o ar. A água é retirada e passa por um tratamento químico, explica Carla.