Parentes dele estão gripados e são monitorados por agentes de saúde. Secretário de Saúde define nesta quarta se decreta estado de emergência
A Secretaria Municipal de Saúde de São Borja (RS) descartou, nesta terça-feira (07/07), que a morte do caminhoneiro de 39 anos, ocorrida no domingo (5), tenha sido provocada pela nova gripe. Os familiares da vítima, que moram em Uruguaiana (RS), cidade que fica na fronteira do Brasil com a Argentina, estão sendo monitorados por agentes de saúde. O corpo da vítima foi sepultado em Uruguaiana, nesta segunda-feira (06).
De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, o atestado de óbito da vítima indica que a causa da morte foi "pneumonia e influenza". Mesmo com esse dado, não foi necessário ser feito o exame laboratorial para confirmar se se trata ou não da nova gripe. " Para Almir Castro Bertim, secretário de Saúde de São Borja, o período para se fazer o exame para o vírus Influenza A (H1N1) é de 72 horas. "Passado esse tempo, o kit usado para fazer o exame não tem mais serventia, pois coletamos amostras por via nasal."
Bertim explicou ainda que o caminhoneiro sentiu os primeiros sintomas de gripe em 15 de junho, após sair de São Paulo. "Ele só pediu socorro médico em 2 de julho. Sabemos também que neste intervalo ele passou por Buenos Aires e Rosário, na Argentina". O secretário disse ainda que os agentes de saúde seguiram o novo Protocolo do Ministério da Saúde. "Por isso descartamos qualquer possibilidade de se tratar de um caso da nova gripe."
Bertim afirmou que vai se reunir, nesta quarta-feira (08), com representantes da sociedade para definir se o município decreta estado de emergência por causa da proximidade com a fronteira do Brasil com a Argentina. A cidade de São Borja é banhada pelo Rio Uruguai, que divide os dois países.
Outra morte
O caminhoneiro de 29 anos foi o primeiro caso confirmado de morte provocada pela nova gripe no país. Ele morava na cidade de Erechim (RS) e morreu no sábado (27). Ele tinha viajado para a Argentina e depois ficou internado cerca de dez dias. Antes de ser internado para tratamento, a vítima tinha passado 17 dias na Argentina, sendo 12 na Aduana até seguir para Buenos Aires. Na internação, o caminhoneiro sentiu febre, dores no corpo e tosse.
(Por Glauco Araújo, G1, 07/07/2009)