O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, reconheceu que o programa de obras para os próximos cinco anos do ministério está baseado, fundamentalmente, em usinas termoelétricas, que têm processos licitatórios mais rápidos e menos exigências ambientais. Sobre a adoção da energia solar no programa energético nacional, motivo da audiência pública realizada nesta terça (30/06) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), ele esclareceu que, atualmente, o Brasil desenvolve seus projetos de energia solar com base em duas vertentes:no aquecimento de água em baixa temperatura, para uso em residências, e para produzir energia elétrica.
No primeiro caso, contou, o sistema é eficiente, pois o custo de produção de energia solar é de 20 dólares por milhão de BTUs, enquanto a energia elétrica custa o dobro disso. Mesmo que a construção de um coletor solar residencial saia em média por três mil reais, e o de um chuveiro custe cerca de 100 reais, analisou o convidado. Já para a segunda modalidade, disse Altino, o custo de utilização da energia solar para produzir energia elétrica não é compensatório e eficiente.
Isto não quer dizer, porém, explicou, que o Executivo não defenda o uso de energias alternativas, como a biomassa e a geração diesel em áreas isoladas, em especial na Região Amazônica. Hoje, enfatizou, o Brasil gera 10% de sua energia através de fontes alternativas.
(Agência Senado, 30/06/2009)