Poeira prejudica a saúde dos moradores
Os moradores da Rua Álvaro Sérgio Mazera, no bairro Medianeira em Porto Alegre, convivem há pelo menos seis meses com um lixão a céu aberto. O terreno baldio, localizado na esquina com a Rua General Gomes Carneiro, serve de motel para casais e de dormitório e banheiro para mendigos. Animais mortos também completam o cenário.
O aposentado Amadeu Savarin, 81 anos, mora ao lado do terreno e assiste de camarote a boa parte do que acontece ali. Ele comprou a casa há quase quatro anos. Até bem pouco tempo atrás, segundo Seu Amadeu, uma tela revestia o espaço.
— Roubaram a cerca no meio da madrugada e desde então a vizinhança está apavorada. Ninguém aguenta o fedor. No meu pátio tem até ratoeira. Todos os dia encontro pelo menos três ratões mortos quando acordo — afirma.
— Já fui no gabinete do prefeito, na limpeza pública, já tirei fotografia, mas nada adianta — lamenta Seu Amadeu.
A atendente de creche Nara Capra, 42 anos, é vizinha de Seu Amadeu e fala do medo que sente sempre que precisa passar por ali:
— Tenho medo porque ali tem muita árvore. Não dá para saber quem se esconde ali. Esses dias passei e vi que até sofá já levaram para lá.
— Aquilo ali tá um perigo. Já houve assalto a crianças da escola que temos aqui perto. A Brigada Militar não passa com frequência aqui — completou Seu Amadeu.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informa que a fiscalização do órgão está trabalhando nesse caso, com base no Código de Limpeza Urbana (lei municipal nº 234/90). O último prazo legal do proprietário, para resolver os problemas citados, esgota-se no próximo dia 22 deste mês.
Se a limpeza e o fechamento desse terreno não forem feitas nos próximos 15 dias, o DMLU lavrará o auto de infração e poderá entrar na propriedade particular e resolver o problema que está atormentando a vizinhança.
(Zero Hora, 07/07/2009)