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emissões de co2 eficiência energética proteção das florestas
2009-07-07

Durante a divulgação de um relatório do Climate Group, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido defendeu que a eficiência energética e a proteção florestal são ações mais rápidas no combate ao aquecimento global que o comércio de carbono

Um dos maiores defensores do limite e comércio de emissões quando comandava o Reino Unido, de 1997 a 2007, Tony Blair pediu ao Fórum das Grandes Economias (MEF) que adote medidas focadas nas atuais tecnologias de eficiência energética e energias renováveis, ao mesmo tempo em que aumente os esforços para acabar com o desmatamento para alcançar grandes cortes nas emissões de carbono a curto prazo.

A recomendação do ex-primeiro-ministro veio apoiada por um relatório, divulgado nesta segunda-feira (06/07) pelo Climate Group, uma iniciativa de grandes corporações em defesa de uma economia de baixas emissões que recebe o apoio de Blair. Em “Tecnologias para um futuro com baixas emissões”, o Climate Group afirma que 70% das reduções de emissões de gases do efeito estufa (GEEs) necessárias para que a temperatura global não suba mais de 2º C em 2020 podem ser alcançadas investindo em tais medidas.  O relatório sugere que US$ 1 trilhão terão que ser gastos anualmente até 2050 para reduzir as emissões globais em 19 gigatoneladas em 2020 e em 49 gigatoneladas as emissões ligadas ao fornecimento de energia em 2050. Isto representa 1,4% do Produto Interno Bruto mundial.

Seguindo a mesma linha de ações sugeridas recentemente pela iniciativa Gigaton Throwdown, o Climate Group sustenta que sete políticas ganhem proporções mundiais para chegar a esta redução: regulações para exigir (ou tarifas feed-in para estimular) o aumento da produção de fontes renováveis, em particular a solar e eólica; melhorias nos ganhos em eficiência nas máquinas industriais; padrões de eficiência energética para a construção de novos edifícios, para veículos e para eletrodomésticos; e políticas para reduzir as emissões do desmatamento e degradação florestal (REDD). “Apesar de os sistemas de limite e comércio de emissões (cap-and-trade) ou outros meios de criar um preço sobre o carbono servirem de incentivos para as empresas investirem em soluções de baixas emissões, serão estas sete medidas políticas, ações diretas e investimentos de governos que irão atingir a meta de redução, ao menos a curto prazo”, defende o relatório.

Economizar energia e proteger as florestas seriam medidas mais rápidas e eficazes no combate ao aquecimento global que o comércio de emissões, disse Blair. Segundo a Bloomberg, ele afirmou que o mercado de carbono “levará tempo para se desenvolver” e trará benefícios significantes, porém apenas após 2020.
 CCS, Nuclear e Smart Grids

As inovações tecnológicas, contudo, não devem ficar para trás. O Climate Group aposta na captura e armazenamento de carbono (CCS), na energia nuclear, na energia solar concentrada, nos veículos elétricos e nas redes elétricas inteligentes, chamadas “smart grids”. “Sem a tecnologia CCS, por exemplo, o custo da descarbonização será 70% maior em 2050.” Segundo o Climate Group, para a CCS atingir todo seu potencial, dez usinas energéticas e oito indústrias com a tecnologia instalada para demonstração deverão estar em funcionamento em 2015. Atualmente, nenhuma usina de larga escala funciona com um sistema CCS. “Este relatório mostra que os desafios para combater as mudanças climáticas continuam sendo formidáveis, porém alcançáveis. Isto não é uma missão impossível”, afirmou Blair, que é atualmente conselheiro sênior da JPMorgan Chase & Co.

Na próxima quinta-feira (09/07), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irá comandar uma reunião do MEF, em L’Aquila, na Itália, para discutir o progresso em direção a um novo acordo climático global em Copenhague, no final do ano.  São membros do MEF: Austrália, Brasil, Canadá, China, União Européia, França Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coréia, México, Rússia, África do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca (como presidente da Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas).

(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 06/07/2009)


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