O presidente da concessionária da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Victor Paranhos, disse que terá início em dezembro deste ano a concretagem da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). "Em dezembro deste ano, iniciaremos a concretagem do vertedouro. Em janeiro de 2010, começaremos a concretagem da casa de força da margem direita do rio e em fevereiro, a da casa de força da margem esquerda", disse o executivo em entrevista à Agência Estado.
Segundo Paranhos, a concessionária trabalha com a meta de antecipar o início de operação de Jirau para entre fevereiro e abril de 2012, muito antes do prazo estabelecido no contrato de concessão, que é janeiro de 2013. "Trabalhamos para antecipar a data de operação, mas só daqui a seis meses teremos uma definição melhor sobre isso", afirmou o executivo.
A cautela se explica pelo atraso no cronograma das obras, provocado pela demora na obtenção da licença de instalação (LI) definitiva. O documento só foi concedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no início de junho. Em razão disso, os trabalhos para a construção da usina ficaram paralisados por duas semanas quando expirou a vigência da LI parcial - as obras foram retomadas após a concessão da LI definitiva. "Essa paralisação alterou o ritmo de obras, que era para ser mais tranquilo", disse Paranhos.
Hoje, os trabalhos de construção de Jirau, sob coordenação da Camargo Corrêa, estão sendo executados em dois turnos para recuperar o tempo perdido. Paranhos contou que, atualmente, cerca de 4 mil funcionários trabalham no canteiro de obras da usina. "Até o final do ano, serão 6 mil pessoas participando da construção do projeto", disse o executivo.
Paranhos afirmou que todos os equipamentos de Jirau estão contratados. A chinesa Dongfang e o consórcio de fornecedores locais Alstom, VA Tech e Voith Siemens serão responsáveis pela fabricação das 46 turbinas do projeto. A Bardella e a Siemens fornecerão, respectivamente, os equipamentos hidromecânicos e auxiliares mecânicos. Já a coreana Hyosung entregará as subestações blindadas. "Todos os itens ficaram abaixo do orçamento inicial, exceto o contrato com o consórcio da Alstom", disse.
(Por Wellington Bahnemann, Agência Estado, 03/07/2009)